Porque o futebol é coisa de paixões irracionais, não é meu hábito chamar esse assunto para aqui. Mas, porque o serviço público de televisão e a competência no jornalismo são do domínio racional, e são por isso coisas muito mais sérias, não posso deixar passar em claro o que acabei de ouvir na RTP, da boca de um jornalista desportivo e de um comentador de futebol (provavelmente pago a peso de ouro…).
A propósito de um golo anulado ao Paços de Ferreira, os dois jornalistas da RTP afirmam que a decisão do árbitro foi errada. Embora reconheçam ter existido mão na bola de um jogador pacense, dizem que não foi intencional e, portanto, o golo deveria ter sido validado.
Não sei se o problema é os dois jornalistas serem anti-portistas (porque o FC Porto foi quem beneficiou do golo anulado) ou se é por simples incompetência. Passo a explicar, como se estivesse a fazê-lo para alguém muito “burro”… Aqui vai:
Quando a bola não vai no sentido da baliza (como era o caso, pois ia para fora) e a trajectória da mesma é desviada para o interior da baliza por um toque na mão (intencional ou não), o golo deve ser SEMPRE anulado.
É isso que dizem as regras do futebol. Mas, infelizmente, há quem não entenda ou, pior do que isso, não queira entender. Burrice? Não acredito. Ignorância? Talvez. Parcialidade? É muito provável.
Infelizmente, acontece no serviço público de televisão. Felizmente é de futebol que se trata.