No dia 1 de Agosto faz um ano que 30 trabalhadores do jornal O Primeiro de Janeiro foram ilegalmente despedidos. Um ano depois, continuam sem receberem as indemnizações por despedimento colectivo, os salários e os subsídios de férias e Natal em atraso.
A lamentável situação destes profissionais está exposta num comunicado hoje divulgado, a propósito de um jantar de confraternização, promovido pelos trabalhadores despedidos, que será realizado, logo à noite, no restaurante Mar do Norte, na Rua Mouzinho da Silveira. O comunicado pode (e deve) ser lido aqui para que todos percebam a pouca vergonha que se está a passar.
Como é possível o Estado permitir uma coisa destas? Como é possível a Democracia permitir uma coisa destas? Como é possível que empresários escroques continuem a roubar os seus trabalhadores, desrespeitando a legislação, sem que nada lhes aconteça?
A situação revolta-me. Por isso, e porque também fui em tempos jornalista d’O Primeiro de Janeiro, vou passar pelo jantar para manifestar a minha solidariedade com os trabalhadores daquele histórico jornal portuense.
Talvez fosse bom que todos aqueles que amam o Porto, amam a Liberdade de Imprensa, amam a Democracia, amam o Estado de Direito, fizessem o mesmo e fossem, logo à noite, solidarizar-se com aqueles trabalhadores. É um apelo que faço…